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Estudo de caso nº 6

A história de Yaldaz

Bulgária

College of pedagogy- Pleven, Veliko Tarnovo University

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Palavras-chave

Etnicidade, migração, preconceito, intolerância, estereótipos, escola, educação, racismo

Tipo de escola envolvida

Educação Escolar (Ensino Básico)

Descrição detalhada da situação

Yaldaz tem 11 anos de idade. Nasceu numa família de etnia turca que emigrou para a Alemanha quando tinha 3 anos de idade. Depois de regressar a casa duas vezes, em 2019, a família instalou-se na Bulgária, numa pequena cidade com uma população predominante de origem búlgara. Yaldaz está matriculada no 5º ano numa escola de vários níveis de ensino.

A estadia da rapariga na escola é acompanhada de muitas dificuldades e desafios. Yaldaz não fala bem búlgaro. Os seus colegas não a aceitam - ela é constantemente ridicularizada por não conhecer a língua, não tem amigos, embora haja várias outras crianças de diferentes origens étnicas na turma. Alguns dos seus colegas de turma abusam frequentemente com insultos e negligência. Alguns dos professores também mostram intolerância.

Durante o primeiro período, a aluna obteve notas fracas em várias disciplinas. Ao mesmo tempo, Yaldaz mostrou bons resultados em alemão, que os seus pais escolheram como a sua segunda língua estrangeira. A professora encoraja-a constantemente e a rapariga gosta de assistir a aulas de alemão. A professora também mostra uma atitude positiva em relação à aluna. Desde o início, a professora demonstrou compreensão e prontidão em apoiar a criança e a família para uma adaptação mais fácil ao novo ambiente.

As dificuldades no processo de aprendizagem e a atitude negativa da turma desmotivam Yaldaz e ela vai à escola com uma relutância crescente. Após dias consecutivos em que foi insultada pelos seus colegas de turma e humilhada pela professora de língua búlgara por não ter conseguido cumprir a tarefa definida na aula, Yaldaz declarou em casa que já não queria ir à escola.

Os pais da rapariga estão muito preocupados e falam com um professor. Foram tomadas as seguintes medidas:

  • A diretora da turma informa a direção da escola sobre a situação e procura ajuda para contratar os especialistas pedagógicos necessários com funções de apoio;

  • A psicóloga da escola conduz várias conversas individuais com a estudante, levando-a a mudar a sua intenção inicial;

  • A psicóloga orienta conversas e consultas individuais com os estudantes que intimidam sistematicamente a Yaldaz;

  • São convidados especialistas do Centro de Apoio Social, que conduzem várias sessões trabalhos de grupo com estudantes da turma de Yaldaz, a fim de mudar atitudes de compreensão e tolerância;

  • Foram tomadas as medidas processuais necessárias para incluir a estudante em formas adicionais de apoio, de acordo com a Portaria sobre Educação Inclusiva; são fornecidas aulas e consultas adicionais em búlgaro;

  • A direção da escola organiza duas formações da equipa pedagógica para aumentar a competência intercultural e as aptidões para o trabalho num ambiente multicultural;

  • Sob sugestão da professora de língua alemã, numa das aulas, Yaldaz foi convidada a partilhar em frente do grupo as suas memórias da Alemanha e a mostrar fotografias da sua infância

O que aconteceu de errado? O que faria?

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Algumas questões para autorreflexão:

  • Está consciente / conhecedor/a de casos como este?

  • Quais acha que são os momentos mais problemáticos no caso apresentado?

  • Considera que as medidas tomadas são adequadas?

  • Que soluções sugere?

Atitude inicial

Embora estejam reunidas todas as condições necessárias - regulamentos (Portaria sobre Educação Inclusiva), professores, especialistas pedagógicos com funções de apoio - existem também fatores que dificultam o sucesso do processo. São evidentes estereótipos e preconceitos contra membros de outros grupos étnicos, que se manifestam em mal-entendidos, intolerância e comportamentos negativos, manifestados sob diversas formas - negligência, insultos, agressão, assédio, estereótipos, preconceitos.

Sugestões de solução

Com base na informação da professora-diretora da turma, a direção da escola tomou medidas adequadas, abrangendo todas as áreas problemáticas - trabalho individual com o aluno; formas de apoio pedagógico para atenuar dificuldades de aprendizagem; trabalho individual e em grupo com a turma para melhorar o clima de grupo; formação de professores para aumentar a competência intercultural; iniciativas destinadas a encorajar a aluna e aumentar a sua motivação para atividades de aprendizagem. A eficácia e eficiência destas medidas depende, em grande medida, da sua natureza sistemática, o que significa que algumas delas devem ser de natureza permanente.

Porque é este caso relevante?

Este exemplo fornece informação sobre algumas das áreas problemáticas em instituições de ensino que dificultam o processo de integração educacional de estudantes de diferentes origens étnicas. Também oferece soluções específicas que poderiam ser desenvolvidas e multiplicadas através do Projeto TEACHmi.

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